Em Jerusalém, na Palestina, ocorre ataque contra mesquita de Al-Aqsa por um conjunto de forças militares afiliadas à Israel e extremistas. Depois da crise, foguetes militares teriam sido disparado contra alvos israelenses a partir de Gaza e do território libanês.

A mesquita com frequência é chamada de um dos lugares mais sagrados para o Islã, devido a existência de uma tradição que diz que o profeta Mohammad ascendeu aos céus a partir daquele ponto. De forma mais mundana, a mesquita é o maior centro religioso islâmico em Jerusalém.

Há dois dias palestinos tem sua entrada impedida no local enquanto judeus tem a circulação livre.

Pelo menos 400 palestinos foram presos na Mesquita.

A Autoridade Palestina chamou os acontecimentos de crime contra os religiosos e que Israel estaria agindo fora de sua jurisdição. O estado da Jordânia, que é responsável pela custódia de locais sagrados cristãos e muçulmanos em Jerusalém, também tratou os ataques como violações.

A Liga Árabe iniciou reuniões de emergência e condenou os ataques.

Segundo os militares israelenses, militantes palestinos retaliaram com ataques de foguetes: cinco foram interceptados e quatro atingiram áreas não habitadas. Forças israelenses realizaram disparos de tanque na divisa com Gaza e ataques aéreos, em pontos da cidade e de um campo de refugiados adjacentes. Ainda não foram noticiadas vítimas.

Foguetes também foram disparados a partir do Líbano na direção da Galileia superior.

Situação semelhante iniciou uma crise até então sem precedentes em maio de 2021.

Autoridades israelenses disseram que a invasão de tropas, uso de bombas de efeito moral e prisões dentro da mesquita foram atos para “restaurar a ordem” dirigidos contra agitadores palestinos que arremessavam pedras e fogos de artifício.

A presença de militantes judeus além das forças militares seria produto de uma manifestação marcada para o dia 5, relacionada ao início do Pessach (conhecido vulgarmente como “Páscoa Judaica”). A região da mesquita seria sagrada para os judeus como território do Segundo Templo, destruído por tropas romanas lideradas pelo imperador Tito depois de um cerco dirigido contra a revolta judaica da cidade de Jerusalém, no ano 70 da era comum.

Existe na escatologia judaica a previsão da construção de um terceiro templo no mesmo local. A extrema-direita em Israel defende a destruição de Al-Aqsa para a realização da profecia.

Fontes

https://www.aljazeera.com/news/2023/4/5/israeli-police-attack-worshippers-in-jerusalems-al-aqsa-mosque Israeli forces attack worshippers in Al-Aqsa Mosque raid, 05/04/2023

https://www.aljazeera.com/news/liveblog/2023/4/5/israeli-police-attack-palestinians-in-al-aqsa-mosque-again-live Israel-Palestine updates: Police raid Al-Aqsa for a second night, linha do tempo

https://edition.cnn.com/2023/04/05/middleeast/israel-al-aqsa-mosque-clash-intl-hnk/index.html Israeli police storm al-Aqsa mosque for the second time on Wednesday, 06/04/2023

https://www.aa.com.tr/en/middle-east/israeli-settlers-storm-al-aqsa-mosque-in-occupied-east-jerusalem/2864998 Israeli settlers storm Al-Aqsa mosque in occupied East Jerusalem, 06/04/2023

https://www.aljazeera.com/news/2023/4/5/israel-attacks-gaza-after-israeli-forces-raid-al-aqsa-mosque 05/04/2023

https://www.almayadeen.net/news/politics/%D9%85%D8%B5%D8%A7%D8%AF%D8%B1-%D9%84%D8%A8%D9%86%D8%A7%D9%86%D9%8A%D8%A9:-%D9%81%D8%B5%D8%A7%D8%A6%D9%84-%D9%81%D9%84%D8%B3%D8%B7%D9%8A%D9%86%D9%8A%D8%A9-%D9%85%D8%B3%D8%A4%D9%88%D9%84%D8%A9-%D8%B9%D9%86-%D8%A7%D9%84%D9%87%D8%AC%D9%85%D8%A7%D8%AA-%D8%A7%D9%84%D8%B5%D8%A7%D8%B1%D9%88%D8%AE%D9%8A%D8%A9-%D9%88%D9%84 Fontes Libanesas: Facções palestinas responsáveis por ataques de foguete, não o Hezbollah, 06/04/2023

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